10 fevereiro, 2017

CHUVA INCONTROLÁVEL

Por:
Sérgio Augusto de Munhoz Pitaki
Regional PARANÁ








Em tempos de chuva incontrolável há hora para o sensual.
Muito tarde ela já com o corpo cansado e alma em chamas,
Troca entre si todos os excessos, espremidos pelo tempo,
Naquela hora de pouca luz e de falta de ar indescritível .

Ninguém na rua molhada, com reflexos dos lampiões.
Arrebata o pijama e corre para a chuva como lenitivo.
Molha os seios e declara guerra aos extraterrestres.
Pede que a venham buscar com a nave mais ligeira.

Sente que vai estourar com o peito arfante.
Com a falta de ar pela emoção de a qualquer momento
serem todos absorvidos pelo maior orgasmo,
Retidos há anos, mistura de desejo e ódio, pelo que faria
e vagarosamente, prefere aguardar a explosão dentro de si.

Satisfazê-la em todos os sentidos?
Nem sabe de onde veio!
Tremeu! Gemeu! Chorou! Molhou-se!
Perdeu a visão da chuva e das gotas que escorriam.
Encontrou-se mulher. 









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