26 outubro, 2017

ESTRESSE: SILENCIOSO E FATAL

Por:
Manoel Tenório de Albuquerque Lins Neto
Regional ALAGOAS









Sempre que tenho oportunidade de falar sobre o assunto, quer na mídia, quer em conferências, afirmo de forma contundente que ESTRESSE MATA. As pessoas que me assistem sempre ficam assustadas, e, numa tentativa de buscar tranquilidade, desenvolvem o seguinte raciocínio: "Fulano é calmo e por isso não vai ser pego pelo stress" - Sic.

Esse é um grande erro, e aproveito a oportunidade deste artigo, para desfazê-lo esclarecendo ao leitor. O que é o estresse? É uma resposta fisiológica a qualquer pressão identificada pelo organismo como ameaça: pressão do mundo externo e ou pressão do mundo interno. Esta resposta, que é o estresse, demanda no organismo, reações em quatro fases:

Fase de Alerta - Quando há a identificação do perigo e a motivação para enfrentá-lo (e a chamada fase positiva do estresse).

Fase de Resistência Transitória - É uma adaptação da fase de alerta.

Fase de Resistência Duradoura - É quando o organismo usa os estoques celulares de nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos / neurotransmissores ), para formação dos defensores orgânicos, havendo aumento reversível do colesterol sanguíneo, da pressão arterial, da produção de radicais livres etc.

Fase de exaustão - Quando pela permanência do elemento pressor, o estresse como reação fisiológica, perpetua-se esgotando os estoques de nutrientes acontecendo desequilíbrios bioquímicos ou fisiológicos ou emocionais ou os três a saber:

Desequilíbrios bioquímicos - hipercolesterolemias, hipoglicemias, hiperglicemias reativas
etc.

Desequilíbrios fisiológicos - hipertensões arteriais essenciais, hipercloridrias, gastrites, colites etc.

Desequilíbrios emocionais - ansiedades, depressões, insônias, pânicos, cansaços ao acordar, desinteresses sexuais, distúrbios de memórias etc.

Pelas reações enunciadas e descritas, pode o leitor, perfeitamente, compreender que em um indivíduo estressado, e na FASE DE EXAUSTAO, o organismo poderá estar apresentando desequilíbrios bioquímicos e ou fisiológicos sem que, necessariamente, alterações emocionais estejam presentes, tornando-se mais traiçoeira ainda a ação silenciosa do estresse.

E há o que fazer? - poderia perguntar o leitor.

É claro que sim, pois a moderna medicina preventiva dispõe de uma quantidade de exames capazes de detectar, objetivamente, se esta condição maléfica do estresse está ocorrendo no organismo, independentemente da existência ou não de sintomas, e, a partir desses achados, estabelecer a estratégica terapêutica adequada capaz de dominar e vencer esse inimigo silencioso.


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